segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Loveology

Love is a dangerous pastime
Caught between madness and gladness of flight
Nothing is wrong and nothing is right
Falling asleep in your arms every night
(I Want To Sing - Regina Spektor)

Impossível afirmar quanto tempo estiveram naquela posição. Segundos eram horas, estas, eternidades.

Ele imaginava porque não a conhecera antes. Capricho do destino, quem sabe. Quando poderia imaginar que, tão longe, encontraria um pensamento tão sintonizado no seu?

Ela jogava o cabelo para trás, numa tentativa desesperada de esconder sua timidez. Mantinha a cabeça baixa, para não fitar aqueles olhos devoradores. Podia apostar que, naquele exato momento, estavam esquadrinhando cada expressão de seu rosto.

Não havia tempo, nem espaço. As nuvens estavam imóveis e o sol persistia no céu, apesar da ciência de que seu expediente estava encerrado. Os passantes tornavam-se espectadores daquele curta-metragem de olhares.

Ela sorriu, levemente corada.

- Me sinto protagonista de filme, naqueles momentos de suspense. Como se o roteiro fosse previsível o bastante para que o soubéssemos, mas tão óbvio a ponto de duvidarmos do sucesso dele nas bilheterias.

- Mas os melhores filmes geralmente não agradam as grandes bilheterias. Se o diretor e os atores o fazem com amor, que é o único jeito de fazer algo direito, qualquer filme é bom. Amor é a única língua que todos falam sem precisar de tradução. Sem legendas.

Ela levantou a cabeça e flagrou-se olhando o trailer de um filme que, talvez, ela já conhecesse. Os espectadores anônimos, tal qual toda plateia, sentiam a respiração dos protagonistas.

O foco da câmera é o sorriso sorrateiro, prelúdio de um final feliz. Nos olhos dele, os créditos. E nesse aprender de amar – o verdadeiro protagonista -, a promessa de ser feliz, sem precisar de um final.

14 comentários:

Henrique Miné disse...

levou um oscar então!

=)

beeeeeijos.

Unknown disse...

Adoro quando postas histórias, elas são muito legais...

Teu blog é muito perfeito. Curto demais.

Continue postando histórias, please...

Abraços. =)

Rafael Cotrim disse...

E foram felizes para sempre...
haha!

Beijos, querida :)

Bela Lima disse...

Muito lindo!

"E nesse aprender de amar – o verdadeiro protagonista -, a promessa de um final feliz."
Amei essa parte!

Seguindoo ;*

Unknown disse...

ai o amor
parece uma coisa tão incompreensivel, irracional, louca, sem noção
que só se resume numa palavra, ou melhor eu tres:
EU tE aMO!!!!
atoron seu blog
beijokas

Marcelo Mayer disse...

a teoria da relatividade começa a fazer todo o sentido

Rebeca Amaral disse...

Nossa!

Ivana Martins disse...

Amor, o protagonista. Que bom seria se ele fosse o de todos os filmes. Beijos.

Carolina disse...

pensamentos que estão longe às vezes se conectam bem mais do que aqueles que estão por perto.

ah, te seguindo no twitter: @carolda (:
Um beijo

Louise Mira disse...

"Amor é a única língua que não precisa de tradução". Ameiiiii!! *__*

Mony disse...

Ameei!
Que sintonia linda entre você e as palavras.

Natascha Oliveira disse...

Lindo, como sempre Sam!!!

Também acho que esse 'filme' meree Oscar...

/sucesso de bilheteria... ai, setodo amo fosse assim!!;p

Eu disse...

Lindo seu blog!!!!!! Estou seguindo! dá uma passadinha no meu tb!!!! Rsrsrsrs Tudo de bom pra vc!

Daninha disse...

Seria um otimo filme :)